23.8.10

Educadores & Educandos



Após quatro anos de formação, me pego com outro olhar ao planejar minhas aulas, me vejo como uma eterna aluna porque não consigo mais planejar sem me colocar como aluna. Hoje imagino qual será a reação do educando ao participar da aula. Preparo a aula com o olhar de uma criança que será desafiada a buscar o conhecimento tornando-se autora e pesquisadora, formando cidadãos críticos e de atitude.
A Pedagogia da Autonomia é sem dúvida uma das grandes obras de Paulo Freire e que vai ao encontro de uma educação que valoriza todos os educandos e liberta o pensamento para uma construção mais digna.
Leva-nos a valorizar o conhecimento que os alunos trazem de suas experiências anteriores e a trocar informações de uma forma muito questionadora trazendo também a nossa experiência para a sala de aula.
Na verdade o magistério é muito mais do que uma profissão, é todo um contexto de vida que trabalha com vários tipos de construção familiar e que influencia diretamente na nossa formação e na formação dos alunos que estamos preparando para o futuro.
Quando lemos os textos de Paulo Freire, começamos a refletir sobre a nossa profissão e a importância da nossa formação como cidadãos humanitários e profissionais que formam pessoas questionadoras.
A nossa profissão pode deixar marcas importantes nas vidas de nossos educandos, por isso devemos refletir sobre qual marca deixar, boas ou ruins?
Espero o longo da minha caminhada deixe as boas porque estas foram parte fundamental na minha formação acadêmica.

Um comentário:

Beatriz disse...

Rosane querida, planejar , tendo como um dos parâmetros o que os participantes fariam ou pensariam ou gostariam é uma das ações que Piaget tanto preconiza: descentração de si mesma para respeitar aqueles que farão parte do nosso trabalho ou da nossa interação. Esse é um excelente sinal de que teu trabalho será muito aceito pelos alunos. Um abração
Bea