13.10.09
NADA ACONTECE POR ACASO
O início do ano de 2009 foi marcado por grandes turbulências e desafios. Perdi uma convocação e desesperada pensei como iria sustentar meus filhos. Quase a beira do desespero financeiro, no final de março uma colega trocou de escola e a diretora me ofereceu uma convocação para assumir um segundo ano. Depois de 12 anos trabalhando com alunos de 4ª série tive receio, porém não medo do novo desafio e assim entrei de corpo e alma nesta nova e fascinante fase da minha vida profissional. Quando assumi a turma, tive que aprender com eles como alfabetizá-los. Eles me ensinaram a ser mais tolerante, mais organizada e muito mais feliz. Cada conquista deles era uma conquista minha também, estamos crescendo juntos neste caminho do faz de conta. Tenho dois espaços maravilhosos na minha sala que criei para vê-los soltar a imaginação, um é o do teatrinho de fantoches onde também há fantasias e outro é o cantinho da leitura. Como é lindo ver eles se vestirem de fadas, gnomos e bruxas vivenciando a história de uma maneira ímpar. O que era um receio virou uma paixão, quero ser a bruxa, a fada ou mesmo a contadora de histórias que fará a diferença na aprendizagem deste pequenos que me fazem tão feliz e que me ensinaram a ser uma profissional melhor.
E como educadora, gostaria de publicar neste espaço um trecho do texto "Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009). Revista Nova Escola. Agosto 2009.
"Também o elemento da dramatização é incorporado pelos pequenos no contato com narrativas", diz Lélia Erbolato Melo, linguista da Universidade de São Paulo (USP). "Eles vão percebendo e incorporando os ingredientes que tornam as histórias interessantes, como a ação, os conflitos e o inesperado, e trazem isso para aquelas que contam." Além disso, o acesso a textos tem um papel importante no amadurecimento afetivo dos pequenos, garantindo que ampliem seu universo de experiências para além do que podem observar no seu cotidiano. "Ao ouvir histórias, a criança cria hipóteses sobre como se sentiria se estivesse frente aos mesmos dilemas e situações do personagem", diz Gilka. "Para os menores, é natural que essa vivência, tão forte, seja incorporada às narrativas que constroem na forma de casos."
E como estudante de pedagogia sei que o melhor caminho é construíndo, vencendo desafios, buscando o conhecimento e sendo aprendiz sabendo beber a sabedoria do mais inocente dos mestres...a criança.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário