27.6.10

Zakumi - Bonecos de Alpiste



"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."
(Jean Piaget)

Ao iniciar o Trabalho com os bonecos de alpiste, tinha em mente trabalhar a germinação, porém não gostaria de repetir a experiência dos feijões,este é mais um momneto no qual percebi a importância do planejamento em nossa prática docente, quando estava planejando esta aula e encontrei esta atividade na internet, refleti sobre a importância da rede mundial de informação da qual fazemos parte hoje e o quanto podemos enriquecer nossas aulas pesquisando na internet. Enquanto aluna do PEAD, mudei minha prática docente em relação ao planejamento e vejo o quanto isso foi enriquecedor nas minha aulas.

21.6.10

Piaget X Prática



Piaget acreditou e comprovou que o conhecimento vem das descobertas que a criança faz. Segundo ele

“O conhecimento não pode ser uma cópia, visto que é sempre uma relação entre objeto e sujeito”

As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na Pedagogia, fazendo com que muitos educadores mudassem suas práticas docentes. Sendo sua, a teoria que inaugura a corrente construtivista de que o aprendizado é construído pelo aluno, foi um grande transformador de todos os tempos nas práticas pedagógicas do mundo inteiro. Piaget é hoje visto como um dos nomes mais influentes na educação. Durante meu estágio aprendi a aplicabilidade da teoria de Piaget de forma concisa e lúdica na sala de aula. Compreendendo agora que a sala de aula não é apenas um espaço de construção do conhecimento, é também um importante espaço lúdico onde a socialização e a troca de conhecimento é muito importante para o aluno e para o professor. É um espaço coletivo onde a mediação na pessoa do professor oportuniza a aprendizagem, tornando-se um referencial afetivo na figura de um amigo ou companheiro que tornará a aprendizagem prazerosa.
Educar, para Piaget, é “provocar a atividade” – isto é, estimular a procura do conhecimento. “Partindo deste princípio, trago a teoria para a minha sala de aula e na prática comprovo a importância do planejamento e do embasamento teórico na minha prática docente, onde através do lúdico os alunos podem desenvolver muitas habilidades e competências. Confeccionamos bonecos de alpiste onde os alunos podem observar o crescimento das plantas. Os bonecos ainda auxiliam no estudo dos seres com vida e sem vida. Feitos de meia calça contém serragem e sementes de alpiste dentro. Por fora, os bonecos foram enfeitados e caracterizados com as características do Zakumi (Mascote da COPA 2010). As crianças poderão acompanhar o crescimento das sementes de alpiste brotando e formando o cabelo do boneco molhando-os diariamente durante a COPA. Assim, percebem a importância da reciclagem de material e da água na vida das plantas, sem água não há vida!





“ O conhecimento não provém, nem dos objetos, nem da criança, mas sim das interações entre as crianças e os objetos”
Jean Piaget

16.6.10

Minhas Mudanças


Sempre trabalhei buscando material que pudesse despertar o interesse dos alunos e neste estágio minha busca não foi diferente. A diferença foi que sendo aluna do PEAD, percebi a importância de estar amparada por teóricos importantes como Jean Piaget e Paulo Freire que embasaram a minha prática docente e profissionais que se tornaram mediadores importantes na minha formação. Posso citar também outra mudanças importante em relação ao meu planejamento o qual deve ser flexível, porém tem que ter uma linha relacionada ao tema gerador do projeto, tornando-se muito mais rico e praticável.

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

13.6.10

Visita - Minizôo Palmira Goobi Dias

Segundo Paulo Freire “ensinar inexiste sem aprender e vice-versa” (FREIRE, 1996, p.26). Tal reciprocidade refere-se ao reconhecimento de que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (op. Cit., p.25)




A compreensão desta pequena citação de Paulo Freire merece aprofundamento a indissociabilidade da relação ensino-pesquisa enquanto complementaridade de tais relações. Na obra Pedagogia da Autonomia, é possível observar a explicitação do pensamento de Paulo Freire a respeito das relações ensino-pesquisa.
Seguindo Freire e dando continuidade ao Projeto "Seres Vivos - Conhecer para respeitar", esta semana fizemos uma visita ao Minizôo Palmira Goobi Dias no Parque da Redenção. Lá tivemos uma palestra muito bem ministrada com uma linguagem muitos especial para a melhor compreensão possível dos alunos em alfabetização, com brincadeiras e criando um ambiente muito agradável de aprendizagem aos pequenos, com o Sr Luiz Seixas, um especialista que trabalha com a Educação Ambiental do minizôo em um projeto desenvovido para trabalhar com escolas e nos proporcionou momentos maravilhosos através de Palestra e visita orientada ao Parque conscientizando os alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente e dos animais.
Tivemos também a ajuda de um voluntário, o Sergio, que se propôs a ajudar neste passeio e que tenho certeza que se surpreendeu ao conviver com os alunos e com suas descobertas.
Também aprendi com meus alunos que o macaco e carnívoro e a diferença entre o jabuti e a tartaruga. Todos nós aprendemos muito nesta visita especial na semana do meio ambiente.
Após a visita, recebemos um material de apoio onde os alunos puderam no dia seguinte explorar o mapa do minizôo, assim como as espécies e a história do mesmo.
Ao montar um painel com o material, vi novamente o quanto meus alunos se tornaram interessados no tema proposto e o quanto aprenderam a trabalhar em grupo com autoria e respeito.

7.6.10

Planejamento Flexível

"Desde pequenas, as crianças observam o mundo e formulam perguntas acerca dele, com a intenção de entendê-lo. Pela experiência e pela interação com os objetos, fatos e pessoas, elas vão produzindo respostas que, certas ou erradas, não são construídas ao acaso. A experiência pode não ser profunda ou suficientemente extensa, apotencialidade dos seus pensamentos pode ser insuficiente para formular o que nós chamamos de uma teoria científica, mas o processo pelo qual as crianças observam o entorno, formulam perguntas, buscam respostas e desenvolvem seus entendimentos e explicações para o que observam é muito semelhante ao processo de investigação científica."(aprofundamento em compreensão)COSTA, Iris Elisabeth Tempel;MAGDALENA,Beatriz Corso; Faculdade de Educação/PEAD - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)



Na semana passada havia planejado passar o filme do REI LEÃO I, por se passar na África para poder falar sobre o país sede da COPA 2010. Para a realização da atividade de segunda-feira, dia 31/05, organizei a turma em círculo para o desenvolvimento da brincadeira "Batata-Quente" adaptada.

Foi entregue um saquinho de TNT aos alunos contendo fichas com gravuras de animais que circulou entre eles ao som da música da Xuxa que falava do som que os animais fazem. Ao cessar a música, a criança que estivesse com o saquinho, teria que sortear uma ficha e descrever oralmente o animal sorteado, suas características físicas observadas, questionando e comparando as diferenças existentes entre os animais terrestres, aquáticos, aéreos e anfíbios, podendo os colegas colaborarem com suas observações complementando a atividade e interagindo no grupo.

Quando a Júlia sorteou o leão, entre muitos questionamentos, o Wallison disse que o leão vem da África e quando questionei onde ficava a África, os alunos começaram a pensar em possibilidades até que o Wallison disse que: "África fica em Madagascar, não Madascar fica na África" essa observação ele fez por causa do filme "Madagascar" aproveitei este momento para perguntar o que acontecerá em breve na África e me responderam que aconteceria a COPA 2010. Inevitavelmente mudei meu planejamento e passei o filme. Todo este desenvolvimento foi possível devido a proporcionar em minha aula momentos de troca e reflexão importantes, oportunizando ao aluno que traga seus conhecimentos prévios e suas expreriências que ajudarão na construção do conhecimento de forma significativa.

(...) O sujeito que conhecemos através da teoria de Piaget é um sujeito que procura ativamente compreender o mundo que o rodeia, e trata de resolver as interrogações que este mundo provoca. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele, por um ato de benevolência. É um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias categorias de pensamento enquanto organiza seu mundo. (FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana , p. 26)

28.5.10

Trabalhando com Projetos






Vendo o vídeo do Projeto da Bruxa Onilda que nos foi entregue para trabalhar com projetos, tive a feliz idéia de assim como a professora do projeto em questão, trabalhar a identidade dos meus alunos e sua importância. Após a confecção da identidades, levarei meus alunos ao passeio no MINI-Zôo Palmira Gobbi Dias (Redenção)
Vejo como é importante que o planejamento possibilite a exploração de várias áreas do conhecimento e que a vivência tem que ser proporcionada aos aluno para que sua aprendizagem seja significativa para sua formação.

"Um professor, tão aprendiz quanto seus alunos, não funciona apenas cognitivamente, por isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o intelecto.
A abordagem construtivista, sob uma perspectiva genética, propõe aprender tanto sobre o universo físico, quanto sobre o universo social.
Mas é fundamental ativar a mente e a consciência espiritual para aprender muito mais sobre seu mundo interior e subjetivo."

Aprendizes do futuro: as inovações começaram! Léa da Cruz Fagundes Co-Autoras Débora Laurino e Luciane Sayuri Sato

26.5.10

|Surpreender...ser surpreendido...que maravilha!!!





Esta manhã fui surpreendida pelo sorriso confiante do meu aluno com um crânio de um animal de tamanho grande. Quando abrimos espaço para que os alunos sejam participativos e confiantes na busca do conhecimento, a aula se torna muito mais agradável. Quando abri a sacola que ele trazia, me surpreendi com a peça e é claro que meu planejamento se modificou na hora. Segundo nossos estudos, o plano não pode ser fechado, é preciso ter uma certa flexibilidade para oportunizar a participação dos alunos e não disperdiçar momentos especiais de pesquisa como este. Levei esta peça para os alunos da tarde poderem desfrutar de tão vailoso momento de aprendizagem.
Quando coloquei a disposição para os alunos poderem estudar, a surpresa foi enorme, questionando de qual animal seria, surgiram muitas possibilidades, dragão, dinossauro, zebra e muitos outros, porém era a ossada de um cavalo. Quando exploramos como poderia ser classificado este animal, sem tituber disseram: terrestre, mamífero e muitas outras classes. Porém um aluno disse que era aquático, perguntei então se o cavalo nadava e ele me surprendeu com a seguinte resposta: - Claro que nada, o cavalo marinho nada! Adorei e é claro que também o classificamos como aquáticos.

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

24.5.10

Professor & Amor






















Quando somos desafiados pela profissão e conseguimos provar contra todas as espectativas que não estamos aqui por acaso e sim por amor é algo maravilhoso. É como a Bea disse em um comentário "São esses pequenos sinais que nos gratificam, como professores" e quando estes sinais se tornam grandiosos, nossa alegria é incontestável. Meu aluno especialmente querido demonstrou seu talento que nunca tinha sido notado...seu dom artístico aflorou hoje, dia 24/05 com uma explosão de talento que surpreendeu a mim, a todos os colegas em sala de aula e pessoas da equipe diretiva da escola que tanto tem apoiado o meu trabalho, afinal ele é nosso alunos desde o jardim e como sempre apresentou vários comprometimentos que sempre dificultaram sua aprendizagem, surpreendeu a todos nós. Após ver o filme "O Bicho Vai Pegar" enquanto conversávamos no grande grupo sobre o problema dos animais em extinção e a violência contra os animais, um momento muito importante de reflexão sobre o tema abordado no meu Projeto de Estágio "Seres Vivos - Conhecer Para Respeitar" " ele ficou desenhando a parte que mais gostou do filme e foi maravilhoso ver ele colocar no desenho toda a sua compreensão do filme e sua leitura singular. Pedi então que ele desenhasse o que lembrava de outros dois filmes vistos nas semanas anteriores " Procurando Nemo - 04/05 e A Era do Gelo II - 19/05" Sua memória não foi menos grata.
Para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos. Os princípios enunciados por Paulo Freire, o homem, o filosofo, o Professor que por excelência verdadeiramente promoveu a inclusão de todos os alunos e alunas numa escolaridade que dignifica e respeita os educandos porque respeita a sua leitura do mundo como ponte de libertação e autonomia de ser pensante e influente no seu próprio desenvolvimento.
Meu menino pode não ter dominado "ainda" a construção do código linguístico escrito, porém fala com a linguagem plástica e a oralidade da alma.


"A leitura do mundo precede a leitura da palavra" (Paulo Freire)

20.5.10

Este Bingo Quem Ganhou fui Eu


Hoje tive uma surpresa maravilhosa fiz um Bingo de Animais no qual meu aluno com necessidades especiais, cantou o bingo soletrando as letras dos animais para que os aluno descobrissem qual o nome do animal e quando eram nomes com sílabas simples como vaca, foca, pato...ele não somente soletrava como lia. Que progresso maravilhoso para uma criança tão comprometida e que no início do ano letivo como citei em meu blog na postagem A Busca, tinha problemas de convivência, de coordenação psicomotora e viso-motora e que surtava em sala de aula por se encontrar sozinho no seu mundinho e que bastou olhar diferente para este menino começar a dar sinais significativos em sua aprendizagem.

" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

16.5.10

Conflitos


Todos nós, profissionais da educação, sabemos que a LDB fixou as normas mínimas para assegurarem o desenvolvimento das diretrizes para Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio em âmbito Nacional que estabelecem fundamentos que devem nortear as propostas pedagógicas das escolas.
Sei que estou no caminho certo em relação a avaliação, trabalhando com vários instrumentos de avaliação, respeitando o tempo de aprendizagem de cada aluno, porém fico com algumas dúvidas.
Como sei que não sou detentora do saber, numa visão humanista, assumo meu papel como facilitadora de aprendizagem e orientadora neste processo de aquisição de conhecimento, visando resgatar o aluno e valorizando seus conhecimentos, avalio meus alunos continuamente e esta avaliação é vinculada às atividades diárias de sala de aula e do desenvolvimento da prática dos mesmos e suas participações em grupo e individual.
Trabalho com 2º ano (9 anos) do ensino fundamental. Eu uso fichas de observação para acompanhar os vários níveis de desenvolvimento do meu aluno, onde avalio os trabalhos em equipes ou individuais. Tenho também este ano, uma proposta nova que vai ao encontro do meu projeto com animais que está em montar um álbum de animais e suas especificidades porque trabalho com atividades e produções diferentes respeitando o ritmo de cada um.
Minha maior dificuldade em avaliar é em relação às expectativas dos pais, normalmente os pais não conseguem ver o progresso que eu vejo nos filhos porque estão sempre comparando os trabalhinho dos outros alunos da turma e como avalio a individualidade, sou sempre cobrada e por mais que explique como avalio, os pais que foram alfabetizados no método tradicional, querem cadernos cheios.
Trabalhamos com Parecer Descritivo no 2º ano.Na verdade a minha dificuldade é a mesma da questão anterior porque acho muito difícil explicar aos pais em qual estágio o aluno está e que sua progressão pode parecer pouca, mas que houve a mesma, os pais só querem saber desde a primeira avaliação se o aluno “passara” ou não de ano.
No entanto me deparo com uma prova como a do SAERS e do SAEB que não levam isto em conta. Outro fato é que seremos avaliados a vida inteira não como indivíduo individuais e sim uma formação masseificada porque será preciso uma prova específica para chegarmos a tão sonhada graduação.
Algumas perguntas devem ser respondidas antes da decisão do caminho a ser tomado: Que sociedade desejamos construir? Que pessoa queremos formar? Que educação desejamos para nossa instituição? Como é o Mundo escolar? Como deveria ser?
Acredito que para aperfeiçoar a minha prática pedagógica em relação à avaliação, é preciso estar sempre em formação. Estamos sempre aprendendo porque como diz Paulo Freire, somos seres inacabados.

8.5.10

Estudo dos Animais




Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves


Que maravilha poder colocar neste meu espaço de reflexão algo tão significativo de Rubem Alves, vejo o quanto é preciso dar asas aos nossos alunos,após a exploração do ambiente do laboratório de ciências, vi meus alunos se organizando em grupo para classificar e agrupar os animais seguindo seus próprios critérios. Após muita exploração, discussão e determinação, observei que quando lançamos desafios, propomos a busca de uma forma muito interessante de aprendizagem. A investigação se transforma em conhecimento e vi os alunos defendendo sua idéia de classificação com muita propriedade e respeito desenvolvendo o conceito de cidadania.
Assim como Rubem Alves diz que não podemos ensinar os pássaros a voar apenas encorajá-los, partimos do princípio que como educadores somos mediadores na nossa docência para encorajar os alunos a trazer o conhecimento e o espírito investigativo que existe dentro deles.

7.5.10

Visita ao Laboratório de Ciências




Por quatro anos, foram muitas as leituras e reflexões sobre a educação e o nosso papel neste contexto educacional, porém é chegado o momento de colocar em prática estes estudos e embasar a nossa prática docente nos teóricos estudados.

" O educando se torna realmente educando quando na medida em que conhece, ou vai conhecendo (...) e não na medida em que educador vai depositando nele a descrição dos objetos ou dos conteúdos".
Paulo Freire


Baseada nesta fala de Paulo Freire, procuro sempre buscar formas de meus alunos terem experiências que serão significativas na sua aprendizam porque é vivenciando que se abre o caminho do conhecimento e de construção.
Neste dia em que meus alunos visitaram o laboratório de ciências, perguntaram muitas coisas e também responderam. Como temos um cavalo marinho no laboratório, conservado em álcool, um aluno me perguntou se eu sabia que o cavalo marinho macho era quem guardava os ovos em uma bolsa e eu como não sabia respondi negativamente, ele ficou admirado e disse que descobriu isso vendo um programa de tv sobre animais marinhos (Reflito novamente sobre a importância de se valorizar o conhecimento prévio do aluno) Outro aluno pensava que cavalo marinho não existia, confesso que por muitos anos pensei a mesma coisa até visitar um museu marinho em Santos, litoral Paulista na minha infância.
Foi um dia de aprendizagem maravilhoso para todos nós.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina

6.5.10

A Busca



Tenho 30 alunos em sala de aula e destes, muitos com comprometimentos sociais e neurológicos graves, partindo de uma reflexão sobre minha prática pedagógica, percebo que um aluno em especial me leva a buscar uma saída para suas dificuldades em relação a aprendizagem.
Tendo como indicadores o comportamento do aluno e seu rendimento escolar, percebi que o mesmo se isolava do grupo, em momentos de crise gritava e chorava ou mesmo ficava muito tempo sentado sem demonstrar qualquer interesse na aula, com comprometimento neurológico, o aluno tem dificuldades motoras, de motricidade fina e ampla. Isolado do grande grupo e não entendendo o que estávamos falando em aula era preferível se isolar e acredito que seus surtos e gritos era uma forma de demonstrar seu desespero por estar em um mundo totalmente isolado do seu. Resolvi então buscar meios de ajudar este aluno, o primeiro passo foi adquirir a confiança dele abraçando-o e demonstrando carinho por ele. A auto-estima dele também estava baixa porque os coleguinhas não entendiam ele e como ele era agressivo, isolavam-no.

"Não se pode falar de educação sem amor".

( Paulo Freire )

No começo deixava ele brincar com os brinquedos pedagógicos que tenho na minha sala e aos poucos fomos negociando que ele só poderia brincar com os brinquedos que gostava após realizar algumas atividades que desenvolvessem sua motricidade fina e de aprendizagem na construção do código linguistico.
Conversei com os coleguinhas para que entendessem que ele é um menino muito especial e que o seu tempo de aprendizagem seria diferente do deles e que se houvesse uma ajuda da parte dos colegas, com certeza ele iria aprender a escrever e ler.
Tínhamos outro desafio que era ele participar da educação física, como lhe faltava coordenação motora ampla, ele também se isolava neste momento.
Os coleguinhas responderam muito bem e um em particular, com um coraçãozinho muito especial se fez parceiro dele em todos os momentos, integrando-o ao grupo.
Sendo parte integrante do grupo, amado e respeitado por todos, sua aprendizagem hoje é fantástica, conhece o alfabeto, soletra as palavras e já lê algumas palavras com sílabas simples.
Quando a concepção da aprendizagem está centrada no aluno e passa-se a um posicionamento onde cada um é olhado de acordo com suas reais necessidades, contrária ao ensino da massificação, a aprendizagem torna-se significativa. Nós educadores,com o olhar modificado, passamos a analisar cada aluno a partir dos pontos fortes e fracos, centros de interesse, participação nas atividades proposta e motivação, podendo, assim, garantir que receba a educação necessária para desenvolver suas habilidades.

Após adquirir

2.5.10

Reflexões Pedagógicas




Fazendo minhas reflexões esta semana, pensei em como conseguir organizar uma linha de pensamento que pudesse me guiar para poder expressar o sentimento que me vem de incerteza de estar no caminho certo. Mas primeiro fui coberta de perguntas que não se calam e que me acompanham por toda a minha caminhada. Porém lembro-me neste momento de quando começamos a trabalhar com os PAs e a Bea nos colocou um vídeo que vinha ao encontro do que estávamos trabalhando que dizia que "Quando achamos que sabemos todas as respostas vem a vida e muda as perguntas" Realmente fantástica esta reflexão. De repente tudo muda e resolvi então colocar estas perguntas como guias do trabalho do meu Projeto de Estágio "Seres Vivos - Conhecer para Respeitar"
O tema está realmentre sendo trabalhado?
As atividades de aula estão sendo integradas com os conteúdos propostos pela escola?
Os recursos que estou utilizando estão sendo significativos para a aprendizagem dos meus alunos?
Minha sala de aula está adequada para trabalhar com alunos desta faixa etária?
Estou proporcionando aos meus alunos momentos de reflexão e desafiando eles na busca do saber? No que posso melhorar?
Na verdade são as incertezas que fazem a vida ficar mais divertida, porque temos o presente como certo e o futuro como incerto que poderemos alinhavar com nossas atitudes e reflexões sobre nossos atos para que possamos então olhar para o passado e dizer com orgulho "Eu fiz a diferença em algum momento na vida desta criança"
Muitas são as perguntas que me rodeiam...e que bom que precisarei procurar muitas respostas ainda porque

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
Paulo Freire

23.4.10

Mestres


Estudando sobre meu Projeto de Estágio, percebo que os teóricos estudados durante minha graduação se fazem presentes diariamente em minha prática docente. Para Piaget, o comportamento do ser humano não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o ser humano e o meio em que este está inserido. Por este motivo, trago uma proposta onde os alunos deverão agir sobre o meio, tendo experiências vivenciais importantes na construção do conhecimento. Essa práticas pode ser vista em vários momentos da minha formação como: Ancestralidade, Esculturas, Sistema de Medidas e muitos outros registrados neste blog.

Outro princípio importante é em relação ao educador, porque segundo Freire, o educador ao ensinar aprende, havendo uma transferência de conhecimento entre educador e educando e esta experiência também faz parte do meu cotidiano como relatei em Nada Acontece Por Acaso . No seu livro Pedagogia da Autonomia, Freire nos diz que o professor não deve apenas transmitir conteúdos e sim ensinar a "pensar certo", a criticar o que ler, a pesquisar, a ser curioso ne acima de tudo respeitar os conhecimentos prévios dos alunos e suas experiências.
Estes princípios sempre fizeram parte da minha docência, só que antes era por amor a minha profissão e por sempre me colocar no lugar do aluno e imaginar como ele veria o mundo e a mim que estava lhe proporcionando buscar de uma forma diferente de construir o conhecimento, hoje, mudando meu conceito sei que estou amparada por grandes mestres da educação e com a certeza de estar no caminho certo da minha profissão.

19.4.10

Aprender com os outros


Estudando Piaget que revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo, vejo que a aprendizagem é contínua e o quanto a fundamentação teórica nos auxilia quando percebemos a importância das relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer.
Enquanto aluna nas aulas onde tínhamos que trabalhar com nossas dúvidas e certezas, parecia-me que nunca teria resposta para nada porque sempre havia um "Por que? Onde? Quem sabe? E isso me fazia buscar exaustivamente uma resposta que parecia nunca estar sendo satisfatória, porém hoje como educadora, percebo qua não há uma resposta única e que muitas são as possibilidades e que as perguntas nos fazem buscar cada vez mais respostas e somente assim haverá a construção do conhecimento.

" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".

( Jean Piaget )

17.4.10

Princípios Orientadores




Amparada por ideias construtivistas baseadas em Piaget, bem como, Freire em seu livro " Pedagogia da Pergunta" fundamento meu projeto "Seres Vivos - Conhecer para respeitar" elencando questões que norteiam os mesmos. São eles:

* Educar para a busca de soluções de problemas reais;

* Educar para transformar informações em conhecimento;

* Educar para a autoria, a expressão e a interlocução;

* Educar para a investigação;

* Educar para a autonomia e a cooperção.

Como educadora, percebo o quanto é importante oportunizar aos alunos momentos de trocas e de questionamentos que transformem informações em conhecimento. Esta semana desenvolvi meu planejamento onde os alunos após a visita ao laboratório de ciências fizeram muitos questionamentos trazendo para o grande grupo suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias. Foi maravilhoso aprender com eles a encontrar o caminho do conhecimento, porque eles nortearão a nossa aula procurando formas de mediar esta busca com muito mais interesse.

13.4.10

Tema Gerador



"Dando continuidade ao meu planejamento e na tentativa de realizar uma incursão pedagógica visando estratégias que difundam e se sustentem com tecnologia uma visão pedagógica e acreditando na pedagogia da incerteza proponho uma prática que busque o elo entre as dúvidas do educando em relação a vida dos animais. Para desenvolver este projeto, penso na utlização de multimeios que fomentem o querer saber mais sobre este ou outro animal qualquer ".

5.4.10

De Educando a Educador



Buscando ideias para meu estágio, procuro na internet sites interessantes de educação, pensamentos e reflexões e neste momento percebo minha evolução tecnológica ao longo destes quatro anos. Me vejo agora do outro lado tendo que pensar em estratégias para introduzir meus alunos no mundo da infomática. Me sinto tão insegura por eles serem tão pequenos...mas em 2006 nós também eramos em relação a tecnologia, porém ao mesmo tempo me vejo tão bem formada para isso, basta me lembrar nossa trilha...que nos abriu o caminho e seguindo as orientações de nossos mestres tudo tornou-se mais fácil e estamos aqui, no 8º semestre rumo ao TCC. Só espero poder ser tão competente quanto meus mestres e no final deste estágio ver também o quanto fui competente nesta nova forma de educar e de aprender.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. (Cora Coralina)

1.4.10

Iniciando Arquiteturas Pedagógicas



Iniciando o planejamento do meu estágio, percebi o quanto a preparação para este estágio foi importante, quando começamos este semestre, estava insegura e foram as perguntas dos alunos que desencadearam o ideia principal da minha arquitetura pedagógica, trabalhar com os animais, justamente as perguntas e curiosodades lançadas à partir da visita ao laboratório de ciências da escola. Por isso é importante oportunizar ao aluno a participação ativa nas aulas e valorizar seus conhecimentos prévios.
Quando o aluno se sente valorizado, nos apresenta materiais riquíssimos que serão de grande valor como foi o caso de uma aluna que trouxe para a sala de aula um "louva deus" lindíssimo, conservado em álcool como havia visto no laboratório no inicio do ano letivo. Todos se sentiram tão curiosos e motivados fazendo perguntas sobre a vida, hábitos, alimentação e características do animal que resolvi aproveitar este tema para então dar início a minha arquitetura.

"Desde pequenas, as crianças observam o mundo e formulam perguntas acerca dele, com a intenção de entendê-lo. Pela experiência e pela interação com os objetos, fatos e pessoas, elas vão produzindo respostas que, certas ou erradas, não são construídas ao acaso. A experiência pode não ser profunda ou suficientemente extensa, apotencialidade dos seus pensamentos pode ser insuficiente para formular o que nós chamamos de uma teoria científica, mas o processo pelo qual as crianças observam o entorno, formulam perguntas, buscam respostas e desenvolvem seus entendimentos e explicações para o que observam é muito semelhante ao processo de investigação científica.
Considerando esta perspectiva, a escola deveria oferecer situações em que os alunos
fossem instigados a seguir fazendo perguntas e a buscar explicações para os problemas
que se colocam e desafiá-los a desenvolver processos de interação intensa intra e interescolas, nos quais as trocas de experiências e de idéias abrem novas possibilidades de questionar e de compreender o mundo, tanto no sentido da ampliação horizontal (por generalização e/ou por extensão pelos diversos campos de conhecimento) como no da ampliação vertical"
(aprofundamento em compreensão)COSTA, Iris Elisabeth Tempel;MAGDALENA,Beatriz Corso; Faculdade de Educação/PEAD - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)