28.5.10

Trabalhando com Projetos






Vendo o vídeo do Projeto da Bruxa Onilda que nos foi entregue para trabalhar com projetos, tive a feliz idéia de assim como a professora do projeto em questão, trabalhar a identidade dos meus alunos e sua importância. Após a confecção da identidades, levarei meus alunos ao passeio no MINI-Zôo Palmira Gobbi Dias (Redenção)
Vejo como é importante que o planejamento possibilite a exploração de várias áreas do conhecimento e que a vivência tem que ser proporcionada aos aluno para que sua aprendizagem seja significativa para sua formação.

"Um professor, tão aprendiz quanto seus alunos, não funciona apenas cognitivamente, por isso, em um ambiente de aprendizagem construtivista, é preciso ativar mais do que o intelecto.
A abordagem construtivista, sob uma perspectiva genética, propõe aprender tanto sobre o universo físico, quanto sobre o universo social.
Mas é fundamental ativar a mente e a consciência espiritual para aprender muito mais sobre seu mundo interior e subjetivo."

Aprendizes do futuro: as inovações começaram! Léa da Cruz Fagundes Co-Autoras Débora Laurino e Luciane Sayuri Sato

26.5.10

|Surpreender...ser surpreendido...que maravilha!!!





Esta manhã fui surpreendida pelo sorriso confiante do meu aluno com um crânio de um animal de tamanho grande. Quando abrimos espaço para que os alunos sejam participativos e confiantes na busca do conhecimento, a aula se torna muito mais agradável. Quando abri a sacola que ele trazia, me surpreendi com a peça e é claro que meu planejamento se modificou na hora. Segundo nossos estudos, o plano não pode ser fechado, é preciso ter uma certa flexibilidade para oportunizar a participação dos alunos e não disperdiçar momentos especiais de pesquisa como este. Levei esta peça para os alunos da tarde poderem desfrutar de tão vailoso momento de aprendizagem.
Quando coloquei a disposição para os alunos poderem estudar, a surpresa foi enorme, questionando de qual animal seria, surgiram muitas possibilidades, dragão, dinossauro, zebra e muitos outros, porém era a ossada de um cavalo. Quando exploramos como poderia ser classificado este animal, sem tituber disseram: terrestre, mamífero e muitas outras classes. Porém um aluno disse que era aquático, perguntei então se o cavalo nadava e ele me surprendeu com a seguinte resposta: - Claro que nada, o cavalo marinho nada! Adorei e é claro que também o classificamos como aquáticos.

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

24.5.10

Professor & Amor






















Quando somos desafiados pela profissão e conseguimos provar contra todas as espectativas que não estamos aqui por acaso e sim por amor é algo maravilhoso. É como a Bea disse em um comentário "São esses pequenos sinais que nos gratificam, como professores" e quando estes sinais se tornam grandiosos, nossa alegria é incontestável. Meu aluno especialmente querido demonstrou seu talento que nunca tinha sido notado...seu dom artístico aflorou hoje, dia 24/05 com uma explosão de talento que surpreendeu a mim, a todos os colegas em sala de aula e pessoas da equipe diretiva da escola que tanto tem apoiado o meu trabalho, afinal ele é nosso alunos desde o jardim e como sempre apresentou vários comprometimentos que sempre dificultaram sua aprendizagem, surpreendeu a todos nós. Após ver o filme "O Bicho Vai Pegar" enquanto conversávamos no grande grupo sobre o problema dos animais em extinção e a violência contra os animais, um momento muito importante de reflexão sobre o tema abordado no meu Projeto de Estágio "Seres Vivos - Conhecer Para Respeitar" " ele ficou desenhando a parte que mais gostou do filme e foi maravilhoso ver ele colocar no desenho toda a sua compreensão do filme e sua leitura singular. Pedi então que ele desenhasse o que lembrava de outros dois filmes vistos nas semanas anteriores " Procurando Nemo - 04/05 e A Era do Gelo II - 19/05" Sua memória não foi menos grata.
Para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos. Os princípios enunciados por Paulo Freire, o homem, o filosofo, o Professor que por excelência verdadeiramente promoveu a inclusão de todos os alunos e alunas numa escolaridade que dignifica e respeita os educandos porque respeita a sua leitura do mundo como ponte de libertação e autonomia de ser pensante e influente no seu próprio desenvolvimento.
Meu menino pode não ter dominado "ainda" a construção do código linguístico escrito, porém fala com a linguagem plástica e a oralidade da alma.


"A leitura do mundo precede a leitura da palavra" (Paulo Freire)

20.5.10

Este Bingo Quem Ganhou fui Eu


Hoje tive uma surpresa maravilhosa fiz um Bingo de Animais no qual meu aluno com necessidades especiais, cantou o bingo soletrando as letras dos animais para que os aluno descobrissem qual o nome do animal e quando eram nomes com sílabas simples como vaca, foca, pato...ele não somente soletrava como lia. Que progresso maravilhoso para uma criança tão comprometida e que no início do ano letivo como citei em meu blog na postagem A Busca, tinha problemas de convivência, de coordenação psicomotora e viso-motora e que surtava em sala de aula por se encontrar sozinho no seu mundinho e que bastou olhar diferente para este menino começar a dar sinais significativos em sua aprendizagem.

" O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
( Rubem Alves )

16.5.10

Conflitos


Todos nós, profissionais da educação, sabemos que a LDB fixou as normas mínimas para assegurarem o desenvolvimento das diretrizes para Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio em âmbito Nacional que estabelecem fundamentos que devem nortear as propostas pedagógicas das escolas.
Sei que estou no caminho certo em relação a avaliação, trabalhando com vários instrumentos de avaliação, respeitando o tempo de aprendizagem de cada aluno, porém fico com algumas dúvidas.
Como sei que não sou detentora do saber, numa visão humanista, assumo meu papel como facilitadora de aprendizagem e orientadora neste processo de aquisição de conhecimento, visando resgatar o aluno e valorizando seus conhecimentos, avalio meus alunos continuamente e esta avaliação é vinculada às atividades diárias de sala de aula e do desenvolvimento da prática dos mesmos e suas participações em grupo e individual.
Trabalho com 2º ano (9 anos) do ensino fundamental. Eu uso fichas de observação para acompanhar os vários níveis de desenvolvimento do meu aluno, onde avalio os trabalhos em equipes ou individuais. Tenho também este ano, uma proposta nova que vai ao encontro do meu projeto com animais que está em montar um álbum de animais e suas especificidades porque trabalho com atividades e produções diferentes respeitando o ritmo de cada um.
Minha maior dificuldade em avaliar é em relação às expectativas dos pais, normalmente os pais não conseguem ver o progresso que eu vejo nos filhos porque estão sempre comparando os trabalhinho dos outros alunos da turma e como avalio a individualidade, sou sempre cobrada e por mais que explique como avalio, os pais que foram alfabetizados no método tradicional, querem cadernos cheios.
Trabalhamos com Parecer Descritivo no 2º ano.Na verdade a minha dificuldade é a mesma da questão anterior porque acho muito difícil explicar aos pais em qual estágio o aluno está e que sua progressão pode parecer pouca, mas que houve a mesma, os pais só querem saber desde a primeira avaliação se o aluno “passara” ou não de ano.
No entanto me deparo com uma prova como a do SAERS e do SAEB que não levam isto em conta. Outro fato é que seremos avaliados a vida inteira não como indivíduo individuais e sim uma formação masseificada porque será preciso uma prova específica para chegarmos a tão sonhada graduação.
Algumas perguntas devem ser respondidas antes da decisão do caminho a ser tomado: Que sociedade desejamos construir? Que pessoa queremos formar? Que educação desejamos para nossa instituição? Como é o Mundo escolar? Como deveria ser?
Acredito que para aperfeiçoar a minha prática pedagógica em relação à avaliação, é preciso estar sempre em formação. Estamos sempre aprendendo porque como diz Paulo Freire, somos seres inacabados.

8.5.10

Estudo dos Animais




Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves


Que maravilha poder colocar neste meu espaço de reflexão algo tão significativo de Rubem Alves, vejo o quanto é preciso dar asas aos nossos alunos,após a exploração do ambiente do laboratório de ciências, vi meus alunos se organizando em grupo para classificar e agrupar os animais seguindo seus próprios critérios. Após muita exploração, discussão e determinação, observei que quando lançamos desafios, propomos a busca de uma forma muito interessante de aprendizagem. A investigação se transforma em conhecimento e vi os alunos defendendo sua idéia de classificação com muita propriedade e respeito desenvolvendo o conceito de cidadania.
Assim como Rubem Alves diz que não podemos ensinar os pássaros a voar apenas encorajá-los, partimos do princípio que como educadores somos mediadores na nossa docência para encorajar os alunos a trazer o conhecimento e o espírito investigativo que existe dentro deles.

7.5.10

Visita ao Laboratório de Ciências




Por quatro anos, foram muitas as leituras e reflexões sobre a educação e o nosso papel neste contexto educacional, porém é chegado o momento de colocar em prática estes estudos e embasar a nossa prática docente nos teóricos estudados.

" O educando se torna realmente educando quando na medida em que conhece, ou vai conhecendo (...) e não na medida em que educador vai depositando nele a descrição dos objetos ou dos conteúdos".
Paulo Freire


Baseada nesta fala de Paulo Freire, procuro sempre buscar formas de meus alunos terem experiências que serão significativas na sua aprendizam porque é vivenciando que se abre o caminho do conhecimento e de construção.
Neste dia em que meus alunos visitaram o laboratório de ciências, perguntaram muitas coisas e também responderam. Como temos um cavalo marinho no laboratório, conservado em álcool, um aluno me perguntou se eu sabia que o cavalo marinho macho era quem guardava os ovos em uma bolsa e eu como não sabia respondi negativamente, ele ficou admirado e disse que descobriu isso vendo um programa de tv sobre animais marinhos (Reflito novamente sobre a importância de se valorizar o conhecimento prévio do aluno) Outro aluno pensava que cavalo marinho não existia, confesso que por muitos anos pensei a mesma coisa até visitar um museu marinho em Santos, litoral Paulista na minha infância.
Foi um dia de aprendizagem maravilhoso para todos nós.

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina

6.5.10

A Busca



Tenho 30 alunos em sala de aula e destes, muitos com comprometimentos sociais e neurológicos graves, partindo de uma reflexão sobre minha prática pedagógica, percebo que um aluno em especial me leva a buscar uma saída para suas dificuldades em relação a aprendizagem.
Tendo como indicadores o comportamento do aluno e seu rendimento escolar, percebi que o mesmo se isolava do grupo, em momentos de crise gritava e chorava ou mesmo ficava muito tempo sentado sem demonstrar qualquer interesse na aula, com comprometimento neurológico, o aluno tem dificuldades motoras, de motricidade fina e ampla. Isolado do grande grupo e não entendendo o que estávamos falando em aula era preferível se isolar e acredito que seus surtos e gritos era uma forma de demonstrar seu desespero por estar em um mundo totalmente isolado do seu. Resolvi então buscar meios de ajudar este aluno, o primeiro passo foi adquirir a confiança dele abraçando-o e demonstrando carinho por ele. A auto-estima dele também estava baixa porque os coleguinhas não entendiam ele e como ele era agressivo, isolavam-no.

"Não se pode falar de educação sem amor".

( Paulo Freire )

No começo deixava ele brincar com os brinquedos pedagógicos que tenho na minha sala e aos poucos fomos negociando que ele só poderia brincar com os brinquedos que gostava após realizar algumas atividades que desenvolvessem sua motricidade fina e de aprendizagem na construção do código linguistico.
Conversei com os coleguinhas para que entendessem que ele é um menino muito especial e que o seu tempo de aprendizagem seria diferente do deles e que se houvesse uma ajuda da parte dos colegas, com certeza ele iria aprender a escrever e ler.
Tínhamos outro desafio que era ele participar da educação física, como lhe faltava coordenação motora ampla, ele também se isolava neste momento.
Os coleguinhas responderam muito bem e um em particular, com um coraçãozinho muito especial se fez parceiro dele em todos os momentos, integrando-o ao grupo.
Sendo parte integrante do grupo, amado e respeitado por todos, sua aprendizagem hoje é fantástica, conhece o alfabeto, soletra as palavras e já lê algumas palavras com sílabas simples.
Quando a concepção da aprendizagem está centrada no aluno e passa-se a um posicionamento onde cada um é olhado de acordo com suas reais necessidades, contrária ao ensino da massificação, a aprendizagem torna-se significativa. Nós educadores,com o olhar modificado, passamos a analisar cada aluno a partir dos pontos fortes e fracos, centros de interesse, participação nas atividades proposta e motivação, podendo, assim, garantir que receba a educação necessária para desenvolver suas habilidades.

Após adquirir

2.5.10

Reflexões Pedagógicas




Fazendo minhas reflexões esta semana, pensei em como conseguir organizar uma linha de pensamento que pudesse me guiar para poder expressar o sentimento que me vem de incerteza de estar no caminho certo. Mas primeiro fui coberta de perguntas que não se calam e que me acompanham por toda a minha caminhada. Porém lembro-me neste momento de quando começamos a trabalhar com os PAs e a Bea nos colocou um vídeo que vinha ao encontro do que estávamos trabalhando que dizia que "Quando achamos que sabemos todas as respostas vem a vida e muda as perguntas" Realmente fantástica esta reflexão. De repente tudo muda e resolvi então colocar estas perguntas como guias do trabalho do meu Projeto de Estágio "Seres Vivos - Conhecer para Respeitar"
O tema está realmentre sendo trabalhado?
As atividades de aula estão sendo integradas com os conteúdos propostos pela escola?
Os recursos que estou utilizando estão sendo significativos para a aprendizagem dos meus alunos?
Minha sala de aula está adequada para trabalhar com alunos desta faixa etária?
Estou proporcionando aos meus alunos momentos de reflexão e desafiando eles na busca do saber? No que posso melhorar?
Na verdade são as incertezas que fazem a vida ficar mais divertida, porque temos o presente como certo e o futuro como incerto que poderemos alinhavar com nossas atitudes e reflexões sobre nossos atos para que possamos então olhar para o passado e dizer com orgulho "Eu fiz a diferença em algum momento na vida desta criança"
Muitas são as perguntas que me rodeiam...e que bom que precisarei procurar muitas respostas ainda porque

"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
Paulo Freire