28.9.09

Planeta Água - Libras



Conforme a professora Carolina de libras disse na aula presencial, no Youtube há muita coisa sobre a cultura surda e desde então estou fascinada procurando vídeos sobre o assunto. Entre eles achei este que tem a música "Planeta Água" interpretada pela Sandi e pelas alunas do 8º semestre das Faculdades Integradas Torricelli em língua de sinais.
Que universo maravilhoso que é a música que nos permite esta troca tão significativa e deste curso que nos abre um universo de possibilidades.
Vale a pena dar uma olhadinha!!!

23.9.09

Movimento pela Paz



Lendo o texto de Magdalena e Costa, resolvi postar um comentário sobre o seguinte trecho do mesmo:



"Desde pequenas, as crianças observam o mundo e formulam perguntas acerca dele, com
a intenção de entendê-lo. Pela experiência e pela interação com os objetos, fatos e
pessoas, elas vão produzindo respostas que, certas ou erradas, não são construídas ao
acaso. A experiência pode não ser profunda ou suficientemente extensa, a potencialidade dos seus pensamentos pode ser insuficiente para formular o que nós
chamamos de uma teoria científica, mas o processo pelo qual as crianças observam o
entorno, formulam perguntas, buscam respostas e desenvolvem seus entendimentos e
explicações para o que observam é muito semelhante ao processo de investigação
científica." (Iris Elisabeth Tempel Costae Beatriz Corso Magdalena)


Como é importante a experimentação e é neste sentido que torna-se importante a vivência onde a aprendizagem se torna significativa. O planejamento das aulas é fundamental para que possamos lançar mãos de recursos dos quais muitas vezes só nos lembramos durante a aula e em que muitos momentos não se pode utilizar mais por perder seu efeito. Trabalhando desde a semana passada com o movimento do Cataventos da Paz que culminou nesta segunda-feira, dia 21 de setembro e onde se une uma vez por ano no mundo inteiro escolas, fabricando cataventos para pedir a paz mundial, A minha escola participa anulamente deste evento e consegui provocar meus alunos com a música "A Paz" do grupo Roupa Nova de forma que houve não só no dia, como a semana inteira passada relatos de alunos que perceberam que a paz é importante em todos os momentos, inclusive influenciando na atitude deles no recreio. Isso só foi possível porque trouxeram suas experiências para o grupo e o que aprenderam se transformou em atitude.

20.9.09

Alfabetização e a pedagogia do empowerment político


Analizando o texto de Henry Giroux "Alfabetização e a pedagogia do empowerment político", estudei concepções extremamente importantes para a compreensão dos fundamentos político-pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos.
Percebe-se a importância da fundamentação teórica ao nos apropriarmos de um texto contextualizando a alfabetização e o analfabetismo.
Como é importante perceber a valorização do meio social em que está inserido o indivíduo analfabeto que tem sido oprimido pelas classes sociais altas em sua onipotência política.
"O autor destaca a necessidade de politização da alfabetização como prática que se contrapõe à alfabetização usada como instrumento de opressão acionado pela classe dominante. Nesse sentido, o autor se aproxima de uma compreensão de alfabetização que está articulada ao empowerment (empoderamento) político, porque é ideologicamente concebida como construção histórica, política e social cuja finalidade está articulada à emancipação social e cultural dos sujeitos e dos grupos. Neste texto também são abordados conceitos de alfabetização funcional, analfabetismo, alfabetização crítica e currículo".
Neste texto, o autor nos mostra a abordagem da alfabetização desenvolvida por Freire e Macedo que nos leva a refletir sobre a nossa posição enquanto educadores que devemos criar o senso crítico em nossos educandos buscando a natureza humana, seus conhecimentos e suas vivênvias como instrumento de aprendizagem. Somos parte desta reconstrução social e política como agentes transformadores.

15.9.09

Concepção Ingênua



Todos os anos, nesta época, procuro levar meus alunos de 4ª série para vivenciar a experiência de viver momentos históricos já que é nesta série que eles estudam mais a fundo a história do RS no Parque da Harmonia. Afinal é o mês do Gaúcho e como é rica esta visita ao Parque.
Já estavamos estudando a história do RS desde o início do ano, por isso lá fica muito melhor mostrar esta histórias de várias formas, objetos de uso das estâncias, da vida no campo e a diversidade cultural que temos no nosso Estado. Tivemos um almoço típico gaúcho, inclusive com feijão tropeiro. Ao retornar as aulas, busquei fazer com que os alunos relatassem a experiência e trouxessem para o grupo seu aprendizado e suas dúvidas. Entramos então na questão da origem do feijão tropeiro e a cada palavra diferente de seus conhecimento, fazia com que os alunos me dissessem o que eles achavam que significava as palavras trazidas para o grupo. Foi muito interessante porque a associação que eles faziam a cada palavra era de suas vivências, de seus conhecimentos prévios. Vou utilizar apenas dois exemplos que achei muito interessantes: 1. Associaram tropeiro a tropeço, depois de muito explorar a questão chegamos aos tropeiros. Só que para chegar até os tropeiros, passamos pelas Missões Jesuíticas, o gado deixado solto pelos índios após a Guerra Guaranítica, a formação das Vacarias e finalmente falamos sobre a viagem dos tropeiros para levar o gado para comercializar na região sudeste. Neste momento, lancei a seguinte pergunta: - Como vocês acham que o gado ia para a região sudeste? Foi muito interessante que um lançava a idéia de que iam de caminhão, outro dizia que não, porque não existia o mesmo naquela época, afinal tinham visto carroças no parque, surgiu a idéia de navio, mas outro também achou que não era possível. Até que chegaram a conclusão que seria por terra acompanhados por peões. Neste momento um aluno lembrou que tinha visto no parque um reboque especial para carregar cavalos e disse que o peão colocava o cavalo neste reboque e colocava a "canga" nas costas e levava o mesmo a pé até o seu destino. Os alunos pararam e se olharam em dúvida, neste momento perguntei quem achava que era assim e eles ficaram na dúvida, fiquei impressionada com isso porque para mim com o que já vivenciei, me pareceu algo muito absurdo mas agora lendo o texto de Costa e Magdalena, disposto pelo Seminário Integrador percebo que "As teorias que as crianças formulam sobre o mundo, mesmo quando certas ou erradas, não se constroem ao acaso. Muitas vezes são idéias lógicas e racionais, baseadas na evidência e na experiência. A experiência pode não ser profunda ou suficientemente extensa, a potencialidade do pensamento delas pode ser insuficiente para formular o que nós chamamos de um teoria científica, mas o processo pelo qual as crianças formulam estas idéias é muito semelhante ao processo científico.
Estas idéias precoces que as crianças têm são chamadas de crenças; concepções ingênuas; concepções alternativas ou pré-conceitos, mas são, antes de tudo, concepções laboriosamente formuladas por elas e que devem ser consideradas quando chegam à escola."
E a concepção ingênua deste aluno se formulou à partir sua experiência que se construiu na sua visita ao Parque e para ele o seu raciocínio era lógico e racional.

12.9.09

Multiplas Linguagens


Refletindo sobre o o texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002), e por experiência docente há 11 anos, posso afirmar que fala-se, escreve-se e lê-se de formas diferentes, existe todo um contexto cultural e social relevantes externos e internos que influenciam em tal diferencial lingüístico.
Falando sobres este contexto, é preciso entender que os discursos seguidos de suas práticas são formados de acordo com as competências específicas de cada época obedecendo as influências das constantes modificações causadas pelo tempo e seus acontecimentos históricos...acontecimentos estes que pôde ser comprovado hoje ao ler uma produção textual de um aluno meu de 4ª série(8 anos). Havia em uma parte do texto um diálogo entre um casal e observei que quando a esposa chamava o marido, não chamava ele pelo nome e sim por "marido" e este caso se repetiu várias vezes no decorrer do texto, este fato se deu por influência cultural e social, pelo momento vivido em relação a novela "Caminho das Índias". Por isso podemos afirmar que não se escreve e nem se lê da mesma forma, principalmente quando é feita uma leitura do mundo sob a ótica de uma criança.

9.9.09

EJA - Modalidade de Ensino da EJA



Sempre tive vontade de trabalhar com EJA, porém por muitas dificuldades, filhos pequenos e compromissos em casa, nunca trabalhei com tal modalidade de ensino por na maioria das vezes ser noturno. Porém este semestre me faz refletir novamente e me dá mais vontade ainda de trabalhar com Educação de Jovens e Adultos. Estava lendo o
Parecer CEB no 11/2000 e me vi envolvida com as aulas do EJA porque esta modalidade de ensino possibilita ao sujeito aprendente a desenvolver habilidades e competências adquiridas ao longo de sua vida, através da sua história de vida e da bagagem social e cultural de cada indivíduo, este fato me faz repensar porque já faço isso com meus alunos de séries iniciais e imagino o quanto pode ser rica a troca de vivências tendo como público alvo adultos que podem trazer suas vivências para dentro da sala de aula. O resultado é uma intensa troca, entre educador e educando, como diria Paulo freire: Não há conhecimento válido se não for compartilhado com o outro. Exige-se o diálogo. A validade do meu conhecimento é dado socialmente, quando compartilho e construo o conhecimento com os outros.
Um outro trecho importante do parecer é que "Os docentes deverão se preparar e se qualificar para a constituição de projetos pedagógicos que considerem modelos apropriados a essas características e expectativas"(Parecer CEB no 11/2000). É necessário um olhar diferenciado para este aluno jovem, adulto, pai, mãe e trabalhador(a).
Neste sentido acredito que seria um desafio maravilhoso para mim que busco sempre tornar minhas aulas interessantes e que possam criam no aluno um interesse maior na aprendizagem o que torna a mesma muito maior e muito mais significativa

8.9.09

Ian Amos Comênio



Realizando a atividade de Didática, Planejamento e Avaliação que nos propôs uma leitura interessante para conhecer um pouco das origens da “Didática” a partir de um pensador do século XVII, Ian Amos Comênio(1592-1670), considerado o “pai” da Didática, me deparei com a seguinte definição “O termo didática deriva da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se traduz por arte ou técnica de ensinar..." e realmente ensinar é uma arte. Me aproprio desta definição porque vemos que somos artistas ao buscar as mais diferentes dinâmicas para criar um interesse especial em nossos alunos.
É impressionante ler no texto Didática Magna - Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos -COMÉNIO,escrita no século XVII (ed. Lisboa, 1996. 525 p.)que "A proa e a popa da nossa Didáctica será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais; nas escolas, haja menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil, e, ao contrário,haja mais recolhimento, mais atractivo e mais sólido progresso; na Cristandade, haja menos trevas, menos confusão, menos dissídios, e mais luz, mais ordem, mais paz e mais tranqüilidade." tudo que nós, educadores dos dias atuais buscamos para formar cidadãos corretos em prol de uma sociedade mais humana.
Vemos o quanto a preocupação com uma educação mais atrativa e dinâmica que crie interesse nos alunos e que os façam realmente aprender e não apenas decorar vem de de tão distante data.