26.5.09

As diversas formas da Arte

Sempre em minhas aulas procuro fazer com que os alunos busquem mostrar a sua aprendizagem em forma de arte, então resolvi desafiá-los pedindo que criassem em grupo uma história e a representassem com liberdade de escolha de qualquer forma (teatro, poesia, maquetes...) o resultado foi maravilhoso.
meu objetivo com esta atividade era desenvolver a escrita para trabalhar as partes principais da produção textual onde perceberiam a importância de um texto ter começo, meio e fim.
Por uma semana, disponibilizei meia hora por dia por uma semana para se reunirem em seus grupos, montados por afinidade, para organizarem sua apresentações.
Havia no grupo um líder, escolhido por eles que deveria organizar a responsabilidade de cada um dentro do grupo.
Hoje, após refletir sobre a atividade, vejo que além do registro posterior de como a atividade se desenvolveu, poderia te pedido que montassem uma Diário de Bordo como estamos fazendo para registrar nossa participação no PA.
Mas mesmo assim, fico orgulhosa em saber que proporcionei a eles uma emoção e um aprendizado que faz a diferença.

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
( Carlos Drummond de Andrade )

24.5.09

Descobrindo a Arte das Cores




Esta semana vi meus alunos do 2º ano da manhã, olhando muito interessados o painel de Arte feito com trabalhos da 4ª série da tarde sobre as cores primárias e secundárias.
Resolvi então mudar meu planejamento e explorar o ponto de interesse dos meus alunos do segundo ano, pedindo que olhassem bem o painel e que fizessem uma releitura do que viram em forma de reprodução individual.


A releitura é muito importante porque mostra através de sua individualidade a interpretação em forma de arte.
Segundo Piaget:

Quanto mais se constróem estruturas de assimilação mais se abrem possibilidades para aprender. Por outro lado, quanto mais se aprende, mais se constroem estruturas de assimilação, o que garante condições para novas assimilações. Nesse processo, percebe-se a síntese continuada entre as condições estruturais do sujeito (continuidade) e as condições do meio, físico ou social (novidade): “A assimilação funciona como um desafio sobre a acomodação a qual faz originar novas formas de organização” (BECKER, 2001, p. 20-1).

Vi alunos que nunca se interessavam em pintar e até não gostavam muito de atividades assim tendo interesse em mostrar a sua arte. O resultado foi magnífico.

" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".

( Jean Piaget )


18.5.09

Tempo de Cores

Dando continuidade no trabalho de QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA, trabalhei com a mistura das cores primárias, obtendo as secundárias para que os alunos tenham a noção exata do resultados que dá a mistura das cores e associei esta dinâmica na prática para poder entender como se dá a mistura dos povos e assim, poder entender melhor como se deu a miscigenação das várias etnias no mundo e principalmente aqui no RS.
Dificilmente exista uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população como no caso do Brasil.
Trabalhamos em um primeiro momento com a ancestralidade de todos nós e agora estamos trabalhando com as mistura dos povos onde se torna fundamental entender que somos resultado de uma mistura muito forte e que trazemos geneticamente característica muito importantes e hábitos que nos foram legados de nossos ancestrais e suas convivências desde o começo da humanidade nos permitindo partilhar as mais variadas misturas sociais que nos enriquece como um povo forte e que cultua sua ancestralidade.
Segundo a Profª Marilene Leal Paré

"Pensamos ser de fundamental importância um olhar na multiculturalidade existente em nossas salas de aula e especialmente no ethos da tradição africana ainda muito presente, que deve ser explicitado, principalmente através das nove (09) dimensões da expressão afrocultural".

1. ESPIRITUALIDADE – que mostra um conhecimento de uma força de vida não-material a qual permeia todas as atividades humanas.
2. HARMONIA – ser fundamentalmente ligado aos eventos da natureza e aos elementos do universo.
3. MOVIMENTO – característica dada numa trama de movimentos, dança, percussão e ritmo observados na batida musical.
4. ENTUSIASMO – receptividade especial a níveis relativamente altos de estímulos.
5. AFETO – importância da informação afetiva e da expressão emocional ligadas à co-importância dos sentimentos e pensamentos.
6. INDIVIDUALISMO EXPRESSIVO – brilho singular da expressão pessoal, do estilo da sinceridade da auto-expressão.
7. COLETIVISMO (TRABALHO COOPERATIVO) – comprometimento com a interdependência fundamental das pessoas, com os vínculos sociais e com os relacionamentos.
8. ORALIDADE – a importância dos modelos oral / aural da comunicação para transmitir um significado verdadeiro e cultivar a ação da fala.
9. PERSPECTIVA DO TEMPO SOCIAL – demonstra um comprometimento do tempo como uma construção social tal que há a orientação de um evento em torno do tempo.



Este foi mais um trabalho maravilhoso que só tenho aprendido e feito minhas descobertas juntamente com meus alunos e que me torna uma pessoa cada vez melhor.

17.5.09

Inclusão Social


Participando do Fórum 1: Educação Especial: histórias e políticas, vejo que não estamos preparados para receber alunos com necessidades especiais, porém, como relata o texto "HISTÓRIA, DEFICIÊNCIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda, onde a lei garante a obrigação do país em prover a educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96, cita a extensão da oferta da educação especial na faixa etária de zero a seis anos; a idéia de melhoria da qualidade dos serviços educacionais para os alunos e a necessidade de o professor estar preparado e com recursos adequados de forma a compreender e atender à diversidade dos alunos.
O problema, é garantir que essas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola.
Nos falta preparo, especialização, apoio físico e pedagógico a assim caímos na infeliz realidade de que em vez de ajudar os alunos, os prejudicamos por não poder atender suas necessidades, muitas vezes prejudicando seu crescimento e aprendizado.
Não é a lei que irá garantir a inclusão do aluno com necessidades especiais na escola e sim, atitudes e recursos que nos permitam trabalhar com essas necessidades, não nos adianta ter "boa vontade", na prática é preciso ter condições para realizar o trabalho trabalho de forma que sua aprendizagem seja realmente significativa.