2.6.09
Estudo de caso
Estava realizando a atividade de EPNE do meu Estudo de Caso quando percebi que quando decidi enfrentar o desafio de alfabetizar a Carla, recebi a oportunidade de ser uma profissional melhor e que ela me oportunizou a chance de aprofundar melhor nos meus estudos.
." ...é correto incluir a deficiência mental, na seção das necessidades educativas especiais de caráter permanente, ainda que o desafio do educador consista justamente em tratar de mudar para melhor o grau de capacidade deficiente do educando..."(Alfredo Fierro)
As vezes percebemos o quanto somos abençoados por Deus ao sermos desafiados no nosso destino e mesmo sem saber o motivo pelo qual algumas pessoas especiais cruzam o nosso caminho porque sua contribuição não se resume apenas na construção de um conhecimento científico, mas em mudanças relacionadas à minha visão de mundo e à minha maneira de conceber o processo ensino-aprendizagem:nos fazem pessoas melhores.
Ao trabalhar com uma realidade totalmente diferente de qualquer outra que enfrentei até hoje, percebi que o que mais prejudica a humanidade é o preconceito e basta apenas o gesto de dizer sim que nos faz diferentes.
Quando falamos de preconceito, lembramos dos preconceitos raciais que a humanidade vem sofrendo ao longo da história, mas o pior preconceito acho que é o social porque a pessoa que sofre preconceito racial tem a oportunidade de brigar e lutar pelos seus direitos, enquanto que quem sofre o preconceito social com DM fica impossibilitado desta luta e depende de terceiros para lutarem pela sua causa.
Há alguns anos, nas olímpiadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida de 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás.
Então viraram e voltaram. Todos eles.
Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: - Pronto, agora vai sarar! E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minhutos...
Talvez os atletas fossem deficientes mentais....
Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...
"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."
(desconhecido)
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